Atuação da fisioterapia esportiva no vôlei de alto rendimento
Prevenção e recuperação de lesões são essenciais para manter atletas de vôlei em alto nível competitivo Lesões esportivas são frequentemente resultantes de métodos inadequados de treinamento, desequilíbrios estruturais que sobrecarregam determinadas áreas do corpo e fraqueza muscular, tendinosa ou ligamentar. Muitas dessas lesões estão relacionadas com desgaste crônico e a lacerações decorrentes de movimentos repetitivos […]
Equipe de fisioterapia do Brasília Vôlei (Da esquerda p/ direita – Bruno, Tatiane, Pedro (coordenador), Dayane, Vinicius e Beatriz). Foto: Rogério Guerreiro / Assessoria de imprensa Brasília Vôlei
Prevenção e recuperação de lesões são essenciais para manter atletas de vôlei em alto nível competitivo
Lesões esportivas são frequentemente resultantes de métodos inadequados de treinamento, desequilíbrios estruturais que sobrecarregam determinadas áreas do corpo e fraqueza muscular, tendinosa ou ligamentar. Muitas dessas lesões estão relacionadas com desgaste crônico e a lacerações decorrentes de movimentos repetitivos (overuse), que afetam tecidos vulneráveis. Pedro Crema, coordenador de fisioterapia do Brasília Vôlei, constatou em seu trabalho que no voleibol os membros inferiores são os mais afetados, com as articulações sendo a principal área lesionada. As lesões principais são: entorses de tornozelo, lesões no ombro, lesões nos dedos/mãos, lesões nos joelhos (tendinite patelar) e dor lombar.
Prevenção e acompanhamento das principais lesões
A prevenção de lesões é essencial para a longevidade e o desempenho dos atletas, especialmente em esportes de alta intensidade como o vôlei. Para evitar lesões comuns, como entorses, tendinites e distensões musculares, é fundamental adotar uma abordagem preventiva que inclua treinamento de fortalecimento muscular, alongamento, aquecimento adequado antes dos treinos e partidas, além de programas específicos de reabilitação funcional. As novas tecnologias de utilização esportivas e o uso de equipamentos apropriados também desempenham um papel crucial na prevenção. Esses cuidados ajudam a reduzir o risco de lesões por sobrecarga, que são comuns devido aos movimentos repetitivos e de alta exigência física, característicos do esporte.
O acompanhamento contínuo por profissionais especializados, como fisioterapeutas, preparador físico e nutricionista, é igualmente importante para a identificação precoce de possíveis problemas e para a recuperação adequada dos atletas. Um monitoramento diário durante os treinos permite ajustes no treinamento e nas cargas de trabalho, prevenindo o desgaste excessivo das articulações, músculos e tendões. Além disso, a fisioterapia preventiva e o tratamento imediato de pequenas lesões podem impedir que problemas menores se tornem lesões mais graves, comprometendo o desempenho dos atletas e resultando em afastamentos prolongados. Assim, uma abordagem integrada que combina prevenção e acompanhamento personalizado é a chave para manter a saúde e a performance dos jogadores em alto nível.
Entrevista com Laiza Figueiredo – Oposta do Brasília Vôlei
1. O trabalho da fisioterapia é essencial na rotina de uma atleta de alto rendimento. Como você avalia o suporte oferecido pelo departamento de fisioterapia do Brasília Vôlei?
Laiza Figueiredo: Sem dúvida, a fisioterapia é fundamental para o nosso desempenho e recuperação. No Brasília Vôlei, temos um suporte muito qualificado, com profissionais que acompanham cada detalhe da nossa recuperação e prevenção de lesões. Eles fazem um trabalho personalizado, focado nas necessidades de cada atleta, o que nos dá mais confiança para treinar e jogar no mais alto nível.
2. Você passou por uma lesão no tornozelo recentemente. Como foi o processo de recuperação?
Laiza Figueiredo: Foi um momento difícil, porque toda atleta quer estar em quadra, mas a equipe médica e os fisioterapeutas foram essenciais para a minha recuperação. Logo após a lesão, seguimos um protocolo bem estruturado, desde o controle da dor e do inchaço até o fortalecimento e o retorno gradual às atividades. O acompanhamento foi diário, com tratamentos específicos e exercícios para recuperar a mobilidade e a força.
3. Quais foram os momentos mais desafiadores desse período de recuperação?
Laiza Figueiredo: O começo foi complicado, porque a limitação de movimentos gera ansiedade. Eu queria voltar logo, mas tive que respeitar o tempo do corpo. Outro desafio foi a fase de transição para a quadra, pois mesmo depois de estar liberada, ainda existe aquele receio de forçar demais. Foi um processo de muita paciência e dedicação.
4. Agora que você está de volta, sente que a fisioterapia ajudou a voltar ainda mais forte?
Laiza Figueiredo: Com certeza! O trabalho de fisioterapia não foi apenas para tratar a lesão, mas também para me fortalecer e prevenir novos problemas. Hoje me sinto mais segura em quadra, com mais consciência corporal e confiança nos movimentos. Sou muito grata à equipe que esteve ao meu lado nesse período!